sábado, novembro 26, 2005

Verão quente

Muitas histórias haveria para contar do meu verão quente. Uma tripulação seleccionada enchia o R4: o Cabral (a quem, imprevidente, emprestei uma noite o carro), o Varela e o Pinheiro (depois substituído por se ter baldado) andava entre a Nazaré (o Varela tinha lá casa) e Évora (os ”esquemas” do Varela, que tinha que ir aos ensaios), com passagem em muitos bailes daquele fim de verão, do Pego até Mação. Havia também as professoras e o padre não sei de onde. As discussões políticas no Pelicano, do Ferro com o Alcobia (um tipo excepcional, que se suicidou anos depois por não suportar a impossibilidade de ver concretizados seus ideais).
Os fins de tarde no hotel de turismo, as madrugadas de serviço na guarita (ou dentro do carro), os dias de plantão à unidade, de serviço à porta de armas, de faxina, tentando resolver uma rotura e acabando a varrer a parada. Rio de Moinhos, Mouriscas, Penhascoso. De blusão camuflado voava baixinho à noite, também ao meio da semana, para Lisboa, regressando de madrugada. Foram só três meses?!... E a situação política, as confusas manifestações dos SUV (Soldados Unidos Vencerão eramos nós?). Estava tão por dentro e via tão pouco televisão que durante muito tempo me escapou o significado da sigla PREC.

1 comentário:

Ana Galvão disse...

Gosto destas histórias que não conheço.